segunda-feira, 30 de maio de 2016

A caminhada de APAFISianos e APAFISsurados

A caminhada de APAFISianos
e APAFISsurados
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APAFISianos e APAFISsurados empreenderam uma caminhada a favor, e em defesa de uma causa. Um grupo multiprofissional, multicultural e plural, com diversas origens, que vestiu a camisa da APAFIS/RN (Associação de Pais e Amigos de Fissurados do RN), um vestir camisa denotativo e conotativo. Curiosamente haviam pessoas de outras cidades e outros estados, ligados por efeitos de adesão e coesão. Até o picolé oferecido durante o trajeto, não era de Natal, era de Caicó. Juntos fizeram uma caminhada para tornar público, algo esquecido pelo governo, e desconhecido pela sociedade. A existência de uma semana de Educação, determinada por Lei Estadual. Uma lei criada pelo governo do estado, quando o atual governador presidia a Assembleia Legislativa. A lei ainda não está completa, deixou algumas fissuras.
Partiram de um ponto estratégico na metade do caminho. O lugar das batalhas urbanas e sociais, na cidade. Um lugar regido por um comportamento do inconsciente coletivo, com nomes de batalhas associadas; Riachuelo, Guararapes e Midway. E o inconsciente coletivo escolhe aquele ponto para iniciar seus anseios, seus desejos e suas batalhas. Em frente a um instituto federal de ciência e tecnologia. Com a APAFIS/RN, não foi diferente, ao escolher um ponto de partida, para a lebre e a tartaruga, em direção ao Parque das Dunas. A APAFIS saiu na frente, deixando o estado para trás, lembrando a lebre e o lábio leporino. Aguardemos a chegada da tartaruga. A APAFIS partiu com um grupo de batalhas, um exército recrutado e selecionado. E com argumentos em punho na defesa de uma causa.
E Chapeuzinho Vermelho foi na frente com o Lobo Mau, distanciados por uma faixa, mas sem vestir seus figurinos, com destino a um parque ecológico e urbano, na tal cidade, de influencias diversas, na sua formação. Um parque com uma fauna e uma flora. O destino era a flora intestinal de um grande elefante, basta observar o mapa. As histórias, as divergências e influencias, até hoje estão nas ruas da cidade. Com óculos, refrigerantes e chicletes. E o aeroporto ficou conhecido como NAT – New Amsterdã Terminal.
Um grupo de personagens diversos; personagens profissionais e sociais; fissurados por uma causa, apoiadores de uma causa e personagens comuns, com fissuras lábio palatinas. Entre os caminhantes a dentista exibida, a autodenominada de amostrada. Enfermeiras e paramédicas, desembarcadas de USA e USB, dedicadas a causa, também seguiram desfilando na avenida. Outros e outras, “istas”, “eiros” e “ólogos” seguiram juntos pela causa. Ainda tinha gente do serviço social e nutricionista, oferecendo agua sem glúten e sem gorduras, com ausência de lactose. Mas continham plásticos e metais não ferrosos, pois estavam envasados em copinhos.
Até uma causídica, defensora ferrenha na questão de gêneros, e debates políticos, estava presente. Criando atritos quando citamos as relações entre Beauvoir e Sartre, mas sendo valido o debate e a contra argumentação, já que é assim que se constrói um conhecimento. E o conhecimento está nas ruas. Os intelectuais também se faziam presentes, talvez olhando, observando e defendendo os direitos do povo. Podem construir pensamentos e teses. Outros já podem se apropriar do conhecimento do povo, com a apoderação da academia. Uma referência ao “doutorismo” citado na caminhada.
No Parque das Dunas, entre as arvores e sob as sombras, com plateia de saguis, entre os galhos, aconteceram as performances. Falaram e declamaram versos e trovas. Cantaram músicas indígenas e músicas de culturas potiguares, mediante a formação de uma roda, tal como interpretações e representações de seus ancestrais. Aos interessados na causa foram apresentados outros detalhes. Ainda teve interpretação teatral e contos africanos. Tudo baseado na temática da caminhada.
O instrumento de usar a cultura, com palavras escritas no papel e descritas no corpo, para divulgar ideias e conceitos populares e científicos. Um modo de introduzir um saber e um conhecimento ao povo, dono do local onde emana a cultura, com suas ideias e seus pensamentos, traduzidos pelos seus comportamentos.

Chapeuzinho vermelho assumiu diante a vovozinha e o vovozinho, na contagem da nova história, na versão da fissurada, que o Lobo não é mau. Depois de apontar para quem era o lobo. Um lobo que já escreveu histórias sobre a Floresta de Nísia, com seus queijos do tipo Alcaçuz, cheio de buracos. A Floresta de Nísia, o lugar de Chapeuzinho Vermelho e suas fieis escudeiras, seja no Parque e nas Quintas. E algumas vezes elas vão ao Tororó matar suas sedes, de histórias e conhecimentos. A oportunidade de ver e rever suas fadas e madrinhas.

Um cabo foi estendido pelas estradas e ruas, desde Currais Novos a Natal, para levar as imagens para o Seridó, onde acontecem as maiores incidências de fissura palatina, mas as verdadeiras causas ainda não se sabem.
Pela estrada afora eu vim de Floresta, encontrar um grupo para fazer um caminho a pé......
Pela Salgado agora, vamos caminhando a pé, até chegar no Bosque, para contar histórias....
E a vovozinha indicou como melhor caminho o Bosque dos Namorados.


A nova versão de Chapeuzinho Vermelho portadora de uma fissura, mostrando que é possível uma cura...... foi encenada por uma Fadinha chamada Lili, ou quem sabe talvez Lilith........ Tudo é possível na Floresta de Nísia



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