segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Tecnologias Assistivas e Fissurados


Tecnologias Assistivas e Fissurados.

PDF 563




Segundo Patrícia Almeida (in box), psicopedagoga e especialista em técnicas de inclusão. As Tecnologias Assistivas (TA), são a um grosso modo, uma tecnologia que provoque uma vida independente e qualidade de vida a pessoas com deficiência. Diz ainda que: O triste é que a maior parte da população, acha que incluir socialmente quem tem deficiência é balela.... Infelizmente a sociedade precisa mudar a forma de pensar (sic).

Consultando a publicação de Galvão Filho em “A construção do conceito de tecnologia assistiva: Alguns novos interrogantes e desafios”, vamos perceber que o conceito parte de um grupo de cientistas, especialistas, pesquisadores ou professores. Daí uma necessidade de as categorias construtoras da ciência e definição, utilizarem conhecimentos e vocabulários bastante distintos, e típicos, de acordo com as normas do conhecimento científico. A preservação dos saberes por um vocabulário restrito. O domínio da situação pelo conhecimento. A tentativa de deter um poder, de classificar o que é, e o que não é TA.

Galvão Filho cita ainda que, “Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (CAT, 2007)”  (sic).

Mas analisar e discutir tecnologias assistivas, há uma necessidade do entendimento de algumas palavras. Como tecnologia sendo um resultado de produção de um equipamento, resultado de estudos e conhecimentos; produção por processos industriais e distribuição por processos comerciais. E assistiva como um produto dando assistência, permitindo o uso a quem tem necessidade, como o simples uso de uma cadeira para um homem cansado. A poltrona diferenciada, no transporte coletivo, tem um objetivo de atender pessoas com maior idade, com uma maior incapacidade de seguir uma viagem em pé. Uma estratégia assistiva.

A oferta de cadeiras escolares para alunos não destros, os chamados canhotos, também é um modo de prestar uma assistência a uma minoria, que deseja estar em sala de aula tal como uma maioria. Uma determinada cidade localizada no Nordeste, tem grande incidência de pessoas com baixa estatura. E os supermercados da cidade adaptaram suas prateleiras e expositores, para aqueles que são seus clientes, e talvez uma maioria em número ou poder aquisitivo, naquela cidade. As atitudes e providencias assistivas, procuram tornar um ambiente, multi-acessivel, independente das condições físicas das pessoas.

Portanto conclui-se aqui que o termo tecnologia, no caso, a assistiva, inclui-se muito bem na linguagem cientifica e acadêmica. Alternativas ou estratégias assistivas, seria um termo mais apropriado a diversidade de estratégias e alternativas, teorias e técnicas que possam facilitar a pessoa com alguma deficiência, alguma dificuldade, ou alguma necessidade de realizar uma ação, que pareça ser comum a maioria das pessoas. Não cabe aqui o modelo teórico da atual definição, regida por normas e regras; deficiente ou com deficiência, portador ou não. Os objetivos dos modelos assistivos é participar de um mundo construído para os maiores percentuais de pessoas, dos conceituados normais. Estratégias de participar de um mesmo ambiente e espaço.

Não é raro ver em algumas cidades, pessoas pedintes, que não possuem ambas as pernas utilizarem um carrinho, semelhante a um skate, feito com madeiras e pregos, providos de rolamentos, rolimãs ou rodinhas, e por vezes com um pano, ou uma almofada por cima, permitindo seus deslocamentos por ruas e calçadas. Uma estratégia construída sem tecnologia, só com criatividade e imaginação. Em oficinas de automóveis também podemos ver um carrinho similar, que permite o mecânico entrar deitado por baixo dos automóveis. Na falta de um elevador para o automóvel, na rua ou na oficina, mecânicos disponibilizam-se de uma prancha com rodinhas. Há casos vistos, nas ruas, de pessoas que usam os chinelos nas mãos. As cidades buscam a acessibilidade, a começar por faixas e rampas.

No caso dos fissurados uma variedade de conhecimentos, técnicas, estratégias e tecnologias, são utilizadas com um objetivo. O objetivo de reconstrução do indivíduo, anatomicamente, psicologicamente e socialmente. Por falhas em sua embriologia. A ciência com o direito, a arte e a estética, disponibilizada ao fissurado, que pode ser excluído socialmente. Entre tantas exclusões, um excluído dos tipos de alimentos oferecidos e encontrados. Alimentos que precisam de uma mastigação, antes de uma deglutição.

No Rio Grande do Norte, em Natal/RN, está sendo articulada a formação da APAFIS/RN – Associação de Pais e Amigos dos Fissurados no RN. Com apoio e participação do CRO/RN – Conselho Regional de Odontologia e a Academia Norte-Rio-Grandense de Odontologia. Uma associação multidisciplinar, com a participação de pais e amigos, o encontro do não conhecimento com o conhecimento, o simples e popular com a ciência. A aproximação da equipe médica com o paciente, com a presença de pais e amigos, os que convivem o dia a dia com o problema. A questão social e o problema familiar.


Tecnologias Assistivas e Fissurados.

PDF 563

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Em 25/01/16

Roberto Cardoso “Maracajá”

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Planaltus brasiliensis sp



Planaltus brasiliensis sp
Um Vírus Poeticus
PDF 560


Vez por outra, existem doenças que ficam em moda, chegando a uma epidemia. Enquanto o povo chama por alguns momentos, de andaço, os médicos podem chamar de incidência de viroses. E o termo virose já (está) estava ficando muito comum, tornando-se banalizado, ou ao ponto de tornar-se um diagnóstico correto. Ao não reconhecer uma doença, o paciente saía (ou sai ainda) do consultório, com o diagnóstico simples, de virose. Como uma patologia que acomete muita gente, por um tempo, e depois passa sem deixar vestígios. Até que um dia, um paciente, foi diagnosticado com uma virose bacteriana. O diagnóstico correu pelas redes sociais, inclusive com imagem. O médico parecia querer ser mais exato quanto a doença diagnosticada. Faltando definir o vírus e a bactéria, que agiam em conjunto.

Recordando aprendizagens anteriores, foi ensinado e aprendido na escola que doenças são resultados de infestações por vírus ou bactérias. Cada uma com algumas características próprias, que definiriam o prognóstico e a medicação, atacando um vírus ou uma bactéria. E então surgem médicos misturando as duas vertentes infecciosas, da aprendida ciência denominada biologia, culminando com a patologia.

O vírus da moda atualmente, é o vírus do Chikungunya, que colocou o vírus da Dengue e vírus da Zica em hibernação, em um momento de esquecimento. Dividiram espaços e responsabilidades, reduziram estatísticas da epidemia de Dengue. Virus Z, D ou C, todos transmitidos pelo mesmo mosquito, um antigo reincidente, já acusado de ser o transmissor da febre amarela. E desde o descobrimento, eles defendem as nossas terras, contra explorações e ocupações de povos estrangeiros. Não sabemos aqui, se há notícias, de índios com febre amarela, e se há, ou sempre teve, eles conhecem o medicamento e a prevenção. Talvez usem repelentes encontrados na floresta como a denominada citronela, ou plantas similares. Talvez seja uma estratégia, de viverem pintados. Ou vivam em total simbiose com o inseto, tal como com os animais. Quem sabe então, o Chikungunya, nos proteja de uma outra e nova infestação, a de ideias e dominações de outros países. Com suas tecnologias, sistemas econômicos, políticos e religiões. Mas já determinaram estratégias de protegerem seus futuros filhos, com cabeças grandes e duras, com combate de mosquitos.

Relatos científicos dão conta que o Chikungunya é o responsável pela microcefalia que acomete recém-nascidos (RN). Alguns casos já foram inicialmente verificados. E a ciência, por orientação, alterou parâmetros de detecção, do diâmetro de medição do crâneo do RN, e aumentou a incidência. Provou-se a incidência por dados estatísticos. E tal como outros testes, divulgam-se possibilidades e suspeitas, nunca certezas.

Mas sem pesquisas de laboratórios, sem sangue colhido dos pacientes, podemos tirar outras conclusões com informações colhidas no noticiário político. Políticos que costumam sempre tirar o braço da seringa, pelos seus atos cometidos. E com certeza, estes não fornecerão amostras de sangue, para uma pesquisa. O vírus pode não ter somente contaminado os RN. O vírus pode acometer também a classe política. Seus palácios cercados de lagos e fossos, podem ser criadores de mosquitos. Um vírus que parece diminuir suas mentes, ainda que tenham um crâneo de adulto. Reduzem responsabilidades e cognição.

Já faz algum tempo, políticos estão sendo acometidos por um esquecimento. Uma amnesia de atos administrativos e políticos. Podem estar perdendo neurônios ou massa encefálica.  Fazem relatos e depoimentos de não ter ciências de casos e fatos, juram ser imunes a diversos maus comportamentos. E o principal sintoma é dizer: Eu não sabia. E o primeiro tratamento a ser indicado é o óleo de peroba.

Com tantos combates e inseticidas. Com tantas pesquisas para modificar um mosquito geneticamente, pode ter surgido uma outra espécie, cansada de sugar o sangue do povo, preferindo infestar os políticos que podem lhe dar mordomias.





Em 22/01/16

Roberto Cardoso “Maracajá”

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Saberes e sabores em livros e mesas.


Um texto sobre a liberdade de escolher saberes e sabores

Saberes e sabores em livros e mesas.

PDF 559



A noite ainda não tinha chegado. O Sol ainda se permitia os últimos raios no final do dia. E com as ideias apoquentadas, a mágica de Oz Any chegou apressada, aperreada, estava avexada. E sem check-list, parece que ela havia esquecido, de fazer ou trazer. Arregaçou as mangas, e começou o arranca rabo. Estica dali, arrasta daqui. Liga a tomada, testa a lâmpada; arrasta mesa para um lado, e volta para o outro; espalha as cadeiras e empilha cadeiras. Carrega telão e projetor. Testa pistola de cola e computador. Transfere arquivo com pen drive, bluetooth, blue-ray, e até por pensamento. Todas as tentativas eram validas, até que uma delas desse certo. Tal como tomadas, Oz chegou ligada, em problemas e soluções. E com fios e extensões ligadas resolveu a situação.

Com a desculpa tradicional, e com o adiantado da hora, começou o sarau. Confrades e não confrades dividiram o espaço. Uma miscigenação de conceitos e estilos. A confraternização ecumênica, dos literários aos afins. Era uma reunião da SPVA, no estilo confraternização, no pátio externo da pinacoteca (21/01/16 – Natal/RN). A presidenta fez a abertura, e cedeu voz ao mediador.

O homem de preto com a garrafa misteriosa, mediando e mediante a um público presente, apresentou uma poesia moldada e influenciada com a última tecnologia, na palma da mão. Do zap zap de grupos, fez uma bibliografia, para suas pesquisas e consultas. Com uma palavra daqui e outra dali, de frases completas e incompletas, formou um novo texto, a partir de uma medula espinhal, definida como coluna dorsal, na ideia de construir seu novo texto, a partir de textos existentes e zapeados nos grupos virtuais.

Inúmeros estiveram presentes, ao vivo ou em vídeo. Por falta de Wi-Fi não teve presença ao vivo on line. Com tecnologias, já não importam as distancias. E muitos ali presentes, já eram figurinha carimbada, e amassada, enquanto outros fizeram sua aparição pela primeira vez. Um álbum de fotos foi montado, com muitas fotos e figurinhas ainda espalhadas, em maquinas fotográficas, celulares e redes sociais.

No estilo confraternização anual, com troca de presentes, realizou-se uma brincadeira denominada por Oz, como amigo culto, embora estivesse até um momento oculto, para ser declarado em culto, diante o microfone ao público presente. A troca de escritos e livros, com nomes e sorteios, com o tradicional papelzinho sorteado e dobrado, colocado em um copo descartável. A estratégia de resolver problemas com táticas e condições possíveis, as que permitiam o ambiente. Dos saberes em livros aos sabores sobre a mesa.

O saber e o conhecimento começam com olhares e sabores; tato e olfato. Adão e Eva foram autorizados por Deus, assim eles escutaram. Comeram todos os frutos encontrados espalhados pelo Éden, inclusive o fruto proibido, que mudou suas opiniões e olhares. As ofertas oferecidas a Deus no Velho Testamento, eram alimentos, oriundos de plantações ou criações, que simbolizavam um conhecimento, do plantar ou criar. Noé embarcou em uma arca com seus animais, seus conhecimentos, talvez seus alimentos.

Um dia o sal foi usado como pagamento, de trabalhos e tarefas, e criou-se o salário com a invenção do dinheiro, a partir de moedas. E o sal contribuiu com o sabor dos alimentos. Com pagamentos e salários, o homem compra novos alimentos, que contribuem com saberes e sabores, aumentando seus conhecimentos.

O descobrimento do Brasil, aconteceu pela tentativa de chegar as índias para comprar e importar especiarias: os condimentos, os temperos e os sabores. Portugueses disseram na história, que descobriram o Brasil e travaram guerras e batalhas, com outros povos europeus, que queriam as terras descobertas para plantação de cana de açúcar, para adoçar suas vidas. Importariam seus conhecimentos, e aplicariam nas terras.

Com sal e com açúcar, mais outros condimentos, são criados os saberes e sabores, o denominado conhecimento. A diversidade de ingredientes e os modelos diversos de confecção de um prato, tal como a diversidade de conhecimentos. Com misturas e variações de temperaturas, os saberes, revestidos de sabores, estavam dispostos sobre a mesa.

Um romance, ou uma poesia escrita, são modos de transmitir conhecimentos, tal como um livro de receitas. Um soneto, ou uma sonata (só nata), funcionam como ingredientes. Degusta-se e devora-se comidas e livros. Aprecia-se literaturas e músicas.

Dos que estiveram ali presentes, alguns já publicaram livros. Outros tiveram a oportunidade de levar seus conhecimentos, seus saberes, com sabores em seus pratos que foram por eles confeccionados, com temperos e ingredientes particularmente escolhidos, e alterações e variações de temperaturas. Independente dos ingredientes, particularidades individuais acontecem diferenciando sabores de um ou de outro, a partir de uma mesma receita.

Cafés nunca tem o mesmo sabor, feitos com o mesmo pó, a mesma água, e pessoas diferentes. E poesias por pessoas diferentes ao declamar. Por fim todos saíram saciados de saberes e sabores, sólidos ou líquidos, escritos, lidos ou declamados.



Em 22/01/16

Roberto Cardoso “Maracajá”

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