A
caminhada de APAFISianos
e APAFISsurados
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APAFISianos e APAFISsurados
empreenderam uma caminhada a favor, e em defesa de uma causa. Um grupo multiprofissional,
multicultural e plural, com diversas origens, que vestiu a camisa da APAFIS/RN
(Associação de Pais e Amigos de Fissurados do RN), um vestir camisa denotativo
e conotativo. Curiosamente haviam pessoas de outras cidades e outros estados,
ligados por efeitos de adesão e coesão. Até o picolé oferecido durante o trajeto,
não era de Natal, era de Caicó. Juntos fizeram uma caminhada para tornar
público, algo esquecido pelo governo, e desconhecido pela sociedade. A
existência de uma semana de Educação, determinada por Lei Estadual. Uma lei
criada pelo governo do estado, quando o atual governador presidia a Assembleia
Legislativa. A lei ainda não está completa, deixou algumas fissuras.
Partiram de um ponto
estratégico na metade do caminho. O lugar das batalhas urbanas e sociais, na
cidade. Um lugar regido por um comportamento do inconsciente coletivo, com
nomes de batalhas associadas; Riachuelo, Guararapes e Midway. E o inconsciente
coletivo escolhe aquele ponto para iniciar seus anseios, seus desejos e suas
batalhas. Em frente a um instituto federal de ciência e tecnologia. Com a
APAFIS/RN, não foi diferente, ao escolher um ponto de partida, para a lebre e a
tartaruga, em direção ao Parque das Dunas. A APAFIS saiu na frente, deixando o
estado para trás, lembrando a lebre e o lábio leporino. Aguardemos a chegada da
tartaruga. A APAFIS partiu com um grupo de batalhas, um exército recrutado e
selecionado. E com argumentos em punho na defesa de uma causa.
E Chapeuzinho Vermelho foi na
frente com o Lobo Mau, distanciados por uma faixa, mas sem vestir seus
figurinos, com destino a um parque ecológico e urbano, na tal cidade, de
influencias diversas, na sua formação. Um parque com uma fauna e uma flora. O destino
era a flora intestinal de um grande elefante, basta observar o mapa. As histórias,
as divergências e influencias, até hoje estão nas ruas da cidade. Com óculos,
refrigerantes e chicletes. E o aeroporto ficou conhecido como NAT – New Amsterdã
Terminal.
Um grupo de personagens
diversos; personagens profissionais e sociais; fissurados por uma causa,
apoiadores de uma causa e personagens comuns, com fissuras lábio palatinas.
Entre os caminhantes a dentista exibida, a autodenominada de amostrada.
Enfermeiras e paramédicas, desembarcadas de USA e USB, dedicadas a causa, também
seguiram desfilando na avenida. Outros e outras, “istas”, “eiros” e “ólogos”
seguiram juntos pela causa. Ainda tinha gente do serviço social e nutricionista,
oferecendo agua sem glúten e sem gorduras, com ausência de lactose. Mas continham
plásticos e metais não ferrosos, pois estavam envasados em copinhos.
Até uma causídica, defensora
ferrenha na questão de gêneros, e debates políticos, estava presente. Criando
atritos quando citamos as relações entre Beauvoir e Sartre, mas sendo valido o
debate e a contra argumentação, já que é assim que se constrói um conhecimento.
E o conhecimento está nas ruas. Os intelectuais também se faziam presentes,
talvez olhando, observando e defendendo os direitos do povo. Podem construir pensamentos
e teses. Outros já podem se apropriar do conhecimento do povo, com a apoderação
da academia. Uma referência ao “doutorismo” citado na caminhada.
No Parque das Dunas, entre as
arvores e sob as sombras, com plateia de saguis, entre os galhos, aconteceram as
performances. Falaram e declamaram versos e trovas. Cantaram músicas indígenas
e músicas de culturas potiguares, mediante a formação de uma roda, tal como
interpretações e representações de seus ancestrais. Aos interessados na causa
foram apresentados outros detalhes. Ainda teve interpretação teatral e contos africanos.
Tudo baseado na temática da caminhada.
O instrumento de usar a
cultura, com palavras escritas no papel e descritas no corpo, para divulgar
ideias e conceitos populares e científicos. Um modo de introduzir um saber e um
conhecimento ao povo, dono do local onde emana a cultura, com suas ideias e
seus pensamentos, traduzidos pelos seus comportamentos.
Chapeuzinho vermelho assumiu diante
a vovozinha e o vovozinho, na contagem da nova história, na versão da fissurada,
que o Lobo não é mau. Depois de apontar para quem era o lobo. Um lobo que já
escreveu histórias sobre a Floresta de Nísia, com seus queijos do tipo Alcaçuz,
cheio de buracos. A Floresta de Nísia, o lugar de Chapeuzinho Vermelho e suas
fieis escudeiras, seja no Parque e nas Quintas. E algumas vezes elas vão ao
Tororó matar suas sedes, de histórias e conhecimentos. A oportunidade de ver e
rever suas fadas e madrinhas.
Um cabo foi estendido pelas
estradas e ruas, desde Currais Novos a Natal, para levar as imagens para o
Seridó, onde acontecem as maiores incidências de fissura palatina, mas as verdadeiras
causas ainda não se sabem.
Pela estrada afora eu vim de
Floresta, encontrar um grupo para fazer um caminho a pé......
Pela Salgado agora, vamos
caminhando a pé, até chegar no Bosque, para contar histórias....
E a vovozinha indicou como
melhor caminho o Bosque dos Namorados.
A nova versão de Chapeuzinho Vermelho portadora de uma fissura, mostrando que é possível uma cura...... foi encenada por uma Fadinha chamada Lili, ou quem sabe talvez Lilith........ Tudo é possível na Floresta de Nísia